Oficina de corte e dobra de chapas de alumínio
Data de Realização: 22/02/2018 a 23/02/2018
O CCAL recebeu, oito participantes entre eles artistas e designers passaram pela oficina de corte e dobra de chapas de alumínio, novamente sob a orientação de Saulo Di Tarso.
“Essa foi a primeira experiência do centro cultural com um público que já trabalha com arte e tem o seu próprio processo criativo; o Saulo observou as características de cada artista e, após instigá-los com a técnica do Sacilotto, nasceram diversos trabalhos, cada um com sua personalidade”, diz Sílvia Toledo, gerente cultural do CCAL.
Segundo Di Tarso, a metodologia do corte e dobra de chapa de alumínio como técnica de escultura foi bastante assimilada pelo grupo que, predominantemente, tinha um olhar mais voltado para o desenho, para a arte bidimensional.
“Na história da escultura, nunca houve nada tão radical como o corte e dobra, ao transformar um plano em volume com tanta eficácia. Aqui nas oficinas, nós trabalhamos exatamente da mesma forma como o artista fazia em seu ateliê e, o curioso, é que todos os participantes conseguiram, de um modo geral, compreender que ninguém estava ali para reproduzir obras do Sacilotto”, resume.
A artista plástica e arquiteta Ângela Ferrara, também uma estreante na escultura com metais, ficou surpresa com a facilidade de trabalhar com o alumínio. “eu não tinha noção de que o alumínio tivesse tantas possibilidades como suporte de arte; é sensacional poder criar esculturas utilizando uma chapa e uma tesoura profissional para fazer o processo de corte e dobra”.
Já o grafiteiro Guilherme Gallé, cujo trabalho tem muita referência geométrica, aplicou a técnica do corte e dobra na silhueta dos rostos que ele costuma grafitar, dando tridimensionalidade ao desenho. “É como se a obra tivesse um movimento, fizesse uma rotação de 90º mudando conforme o tempo, tal qual um relógio”, explica.